Um ano depois de a enviarem para o exílio, falecia no seu Piemonte natal, na corte de Turim, Dª. Maria Pia, rainha de Portugal (como consorte e depois como rainha-mãe) por 48 anos.
D. Maria Pia manteve-se, geralmente, alheia aos assuntos políticos. Só quando o Marechal Duque de Saldanha cercou o Palácio da Ajuda em 1870, numa revolta que ficou conhecida para a História como a Saldanhada, obrigando o rei a nomeá-lo presidente do Conselho de Ministros, é que a rainha demonstrou a sua diligência política. D. Maria Pia terá então exclamado ao marechal:
"Se eu fosse o Rei, mandava-o fuzilar!".
Contou quem presenciou, que os ultimos meses de vida, na loucura da saudade e na dor do exílio, andava pelos corredores de Stupinigi a regar os tapetes florados do palácio real de Turim com um regador.
Antes de expirar, terá pedido aos familiares, "Voltem-me na direcção do meu querido Portugal".
O povo português que nunca a esqueceu chamava-a de "Anjo da Caridade", apesar da sua fleuma italiana e dos seus adversários poiticos a destratarem constantemente.
Vivat Regina.
2 comentários:
Quais são, em sua opinião, os legítimos herdeiros da coroa portuguesa?
A linhagem de Bragança ou a da D. Maria Pia?
Não existe linhagem D. Maria Pia.
Abraço.
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