01 de Setembro de 1951: A Rainha D.Amélia estava muito feliz com a visita do cineasta Leitão de Barros, que queria entrevistá-la para um programa de televisão. A entrevista foi um testemunho de seu humor resiliente. Quando começou a filmar a Rainha, ela riu e disse "mas porque é que você quer filmar esta ruína?" Leitão de Barros confessou que era uma pessoa muito inteligente e doce, que foi cooperativa, até ao final do filme. A única coisa que ela odiava eram as lâmpadas fortes. Ela os chamou de "cet odieux artificial soleil!" A entrevista foi um grande sucesso e mostrou o quanto ainda se sentia Amélia de Portugal. O jornalista perguntou à Rainha se pensava muitas vezes em Portugal, ao que ela respondeu em Português perfeito: "Lembrar-me? Os que se lembram são os que já esqueceram. E eu nunca esqueci! "Ele queria saber se ela queria voltar para Portugal ...
"O que você quer dizer, voltar? ...
Meu coração ainda está lá, meu amigo!"
Saúde da Rainha continuou a deteriorar-se e até o final de Setembro de 1951, ela foi mantida viva apenas com a ajuda de uma enorme quantidade de medicação. A 5 de Outubro, as suas palavras foram para o seu fiel secretário, Julio da Costa Pinto. Ela reconheceu-o, agradeceu, sorriu e, enquanto ele estava chorando e beijou suas mãos.
A Rainha morreu 20 dias depois, apenas alguns segundos depois de alguém lhe ter dado um pouco de água. Sorrindo, e sem um murmúrio ou queixa, a Rainha ficou finalmente em repouso. Tinha 86 anos.
3 comentários:
E essa entrevista, alguém lhe deita a mao?
Sabe-se lá se não foi saneada como aconteceu a um registo audio da Emissora Nacional com a voz de D.Carlos. Mataram-no duas vezes. :(
O início é capaz de ser uma parte da tal entrevista:
https://www.facebook.com/photo.php?v=822834664411783
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