terça-feira, abril 30

BANCADA DE LESTE


Bailinho da Madeira


Estava confiante, muito confiante mesmo, sei que agora depois da vitória é fácil dizer isso, mas sinto que a equipa está muito concentrada nos seus objectivos, e consciente da importância que é manter esta vantagem, não sendo possível por agora aumenta-la (para isso teremos que esperar duas semanas). O Marítimo jogava por dois resultados e nós, apenas ganhar para seguir o caminho das milhões das chamas bem acesas.

Primeiros cinco minutos, esteve bem o Benfica, a querer logo mandar no jogo, a querer circular rápido (palavra para o relvado que quase aposto foi deixado sem ser cortado para tornar o jogo mais lento), tendo como prémio penalty claro sobre Lima, não estava Cardozo e o 11 calmamente fez 1-0.
 Pensei que iríamos procurar o segundo golo e assim acabar com as esperanças dos maritimistas.
Nada mais errado, baixamos o bloco, deixamos de pressionar, demos a bola ao Marítimo, e pusemo-nos a jeito para o que veio a acontecer, depois de uma bola no poste, e uma série de remates frontais, Artur mais uma vez mal posicionado num cruzamento que sai na zona de acção dele e cabeceamento ao segundo poste, para o golo do empate, estava se quase no intervalo, e era claro que a postura táctica da equipa teria que mudar.
Falava-se de cansaço! Como pode haver cansaço numa equipa que esta prestes a chegar a um objectivo? Como pode haver cansaço numa equipa que na segunda parte, correu mais e melhor, decidiu melhor, pressionou melhor, jogou melhor?
Não me falem de cansaço, acredito mais num erro estratégico, na primeira parte.
O intervalo fez-nos bem, a jogadores, equipa técnica e porque não adeptos, a equipa voltou a entrar como na primeira parte, Lima, partiu a barra num remate já na pequena aérea, para depois beijar o poste, criávamos  oportunidades e a bola não entrava, o Marítimo era agora cada vez menos perigoso, Cardozo já estava em campo no lugar do Ola John e sentia-se que o golo podia surgir. 
Por ironia foi um auto golo que nos deu a vantagem, Marítimo tentou reagir, Jesus foi pragmático e equilibrou a equipa tirando Rodrigo e colocando Carlos Martins, deslocando Enzo para a faixa, e no fim, no período que o marítimo jogava directo, Roderick para o lugar de Lima e fechar o espaço aéreo.
Max, criou o “Bailinho da Madeira”, somos cada vez mais felizes a canta-lo, nas bancadas da Luz ou no caldeirão dos Barreiros.
A imagem final de uma equipa a festejar junta a vitória, é a imagem de alguém que sabia da importância de ganhar, ontem, hoje e amanhã. Foram poucos os que os receberam, no início da madrugada em Lisboa, mas a mensagem era claro, não está ganho, mas nós acreditamos em vocês. Palavra final para o árbitro, falou-se tanto dele, e acabou por estar bem, deu uns quantos amarelos a mais, mas isso é típico do árbitro tuga.
Quinta feira há mais, desta vez, outra guerra, outro sonho, outra viagem.
 Pede-se o mesmo Benfica de até aqui, aquele que pode perder, mas faz tudo para ganhar. 
O nosso destino Campeão, o nosso destino Amesterdão.

Just V na Bancada de Leste.

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