BANCADA DE LESTE

Poderia um Benfica-Vitoria de Setúbal fazer-me recordar um internacional Belga?! 

A Resposta é sim! Mas já lá vamos!
O desafio estava lançado, os Coisos tinham passeado em Guimaraes com 4-0, ao ritmo de Cha Cha Cha, e nós víamo-nos obrigados, a responder com uma moeda de valor igual! E nos primeiros 15 minutos parecíamos, um ser apaixonado, disposto a lutar pelo seu amor, dizendo-lhe a mais belas palavras de amor. Arrebatador! Mas as paixões também podem ser assim, curtas, e ao perceberem que este Vitoria de Setúbal, iria ser um amor fácil de conquistar, a tesão foi-se com o orgasmo do golo de Enzo. Foi-se a tesão, ficou a tensão nas bancadas, porque com o golo passamos a jogar colectivamente pouco. E quando assim é, paira sempre a sensação que o adversário pode sempre ir á fonte e partir-nos a asa! Muitos passes falhados, algumas desconcentrações, más decisões. Foi assim até ao intervalo.

Benfica teria que “acabar de comer com o Choco frito e com as Sardinhas”, para não correr o risco de passar fome nesta jornada. E como capitão não é só para usar braçadeira, Luisão, (cuja careca bem brilhante reflecte a luz que ilumina a Luz) tratou de adoçara a boca do Lima e dos 40 mil presentes, com um raro passe que isolou o matador quase Luso – Brasileiro, para este fazer o que sabe e gosta...

2-0, fome saciada, mas ontem pedia-se banquete de luxo, para mandar recado ao rival, seguia-se o terceiro prato, Tapas Espanholas, cai sempre bem, Rodrigo fez o 3-0 numa jogada caipirinha, com Lima.

A equipa cheia de tanta comida e bebida, voltou ao ritmo de treino, toca e retoca, passa e repassa, falha golo ou perde a bola que dá correria louca dos jogadores sadinos tentando também eles petiscar qualquer coisinha. Mas nada lhes tocou, a asa do cântaro lá ficou, e na ida à Madeira, certamente já teremos as armas todas disponíveis na convocatória (Matic e Cardozo).

Volto á questão com que abri este post, “poderia um Benfica Vitoria de Setúbal fazer-me recordar um internacional Belga?!”

Enzo Daniele Scifo, foi um internacional Belga, que brilhou na sua selecção entre os meados da década de 80 e o inicio deste século, jogando no seu pais natal Anderlecht,  e fora dele representando Inter, Monaco, Torino e Auxerre.

Ontem dei por mim, a recordar Enzo Scifo, na figura de outro Enzo, Perez de seu nome paterno, não só numa maravilhosa bola em que este argentino fez o 1º golo, mas também em pormenores técnicos. Tem sido um surpresa ve-lo jogar da forma como joga pelo corredor central, como médio, servindo e não sendo servido como estava habituado a fazer, tal como o outro Enzo, o Scifo, fazia nos tempos que que espalhava classe e toque de genialidade por esse mundo futebolístico fora.

Just V na Bancada de Leste

Ps: o 89 ainda não justificou a chamada á selecção portuguesa, mas parabéns, e  acreditem que é mais importante para ele neste momento do que possam imaginar.