segunda-feira, fevereiro 18

BANCADA DE LESTE

Cinema e futebol, apesar de serem formas de arte, nunca poderão ser vistas no mesmo plano, cada jogo é um filme único e irrepetível, um filme após ser exibido e visto será sempre o mesmo filme e sabe-se como irá acabar.

O Inicio de jogo de ontem fez-me lembrar “Ben-Hur” (1959) filme com um argumento com potencial, mas triste melancólico, monocórdico, 3h e 30 minutos a um ritmo lento, bom para adormecer, com pouco para nos prender ao ecrã, foi assim os 45 minutos iniciais do Benfica, o tal cansaço referido no ultimo post fazia-se notar ,a equipa queria, o corpo agia, mas a cabeça estava demasiado cansada para pensar. Poucas oportunidades criamos nesse período. Começava-se a prever que outros filmes viriam a seguir.

Segunda parte, “O Treinador Carter” (2005, Samuel L. Jackson), desculpem o treinador Jesus, mandou os mesmos 11 "Gladiadores" (2000 Russel Crowe, Joaquim Phoenix), para o campo, e o jogo continuava só com um sentido, com a equipa a perceber que teria que ultrapassar a preguiça do seu cérebro e começar a pensar.
Ontem debateu-se com um problema grande, André Almeida é um jogador interessante, mas as suas características como posição 6, não são iguais nem às de Matic nem às de André Gomes, jogadores naquela posição de colocar facilmente a bola na construção do jogo ofensivo quase na ultima zona de construção, são jogadores com outro chip de pensamento de jogo ofensivo para aquela posição, André Almeida é mais posicional, e a equipa esta época habituou-se á facilidade que os outros dois têm de os servir já nos últimos 30 meros do campo.

“Os Deuses Devem estar Loucos l” (1989, Nixau), por aquele remate de Ola Jonh, ter embatido no poste, e aos 60 minutos assistia-se a "Face Off" (1997, Nicolas Cage, Jonh Travolta), não havendo Cardozo, entrou Kardec, a outra face deste Benfica , quando não há inspiração, procurou-se transpiração.

Mas Jesus queria “Blade” (1998, Wesley Snipes) e mandou entrar Carlos Martins para o lugar de André Almeida, e trocou Rodrigo por Gaitan, a Académica pouco atacava, e passamos a jogar sem um 6 mas com dois médios lado a lado mais subidos no campo atrás dos dois avançados.

 Melga, assistiu a “Con Air – Fortaleza Voadora”, quando Ricardo, lhe evita o golo numa bola que ainda foi bater na trave.

A Académica há muito que fazia figura de “Os Miseraveis” (1952, Michael Rennie, Robert Newton, Debra Paget). Coisas tristes do futebol.

 Começava-se a assistir ao “Resgate do Soldado Ryan” (1998, Tom Hanks, Matt Damon) na Luz , o tempo passava a equipa apertava, e sentia que teria que ir resgatar os 3 pontos. É nas alturas que as coisas não estão a correr bem, que os lideres se devem assumir, e os capitães devem mostrar porque o são, não sou particularmente fã do Luisão, acho que poucos o serão, mas ontem foi o “Padrinho” (1972 , Marlon Brando, Al Pacino, James Caan) que liderou em campo a “Tropa de Elite” (2007,Wagner Moura) para o assalto final, foi o general “Patton” (1972, Goerge C. Scott), que e equipa precisou, para derrubar “O Alien” (1978, Sigourney Weaver, Tom Skerritt), o passageiro indesejado, que entrou na nave que nos pode levar ao titulo.

Da banca de Luz, do topo sul, vinha a força de “300” (2006, Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham), que também empurrava a equipa para a frente

A 45 segundos do fim, deu-se “O Milagre de Fátima” (1952, Gilbert Roland, Angela Clarke, Frank Silvera), e lá foi “O(s) Suspeito do Costume"(1995, Kevin Spacey), Lima fazer os público da Luz finalmente explodir de alegria, acabando toda a gente, público, jogadores, treinadores num abraço colectivo.

“A Vida é Bela”, (1997, Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini) amigos quando o Benfica ganha, e são também nestes jogos, nestas vitórias que se ganham campeonatos.

Num jogo irrepetível de 90 minutos, fez-se cinema, muito cinema.

Venha o próximo….diz que é em Alemão.

Just V na Bancada de Leste
.

Sem comentários: